Centro Nacional de Paraquedismo

Atualmente, quando se pensa em Boituva, a primeira coisa que vem na cabeça é o Centro Nacional de Paraquedismo. Isso porque o município é registrado como a Capital Nacional do Paraquedismo e famoso devido a maior estrutura e área de saltos da América Latina. Mas o que poucos sabem é que a história do paraquedismo em Boituva começa muito antes dos primeiros saltos de que se tem registro, antes até de Boituva ser, de fato, considerada um município.

Em 1930, a região passava por uma forte chuva com granizo e devido a essas condições climáticas,  o Comandante Hammer, que pilotava um Pirajá de São Paulo em direção a Curitiba, precisou fazer um pouso de emergência em uma área plana da cidade. Esse foi o primeiro pouso no município. O comandante era famoso por ser proprietário da viação Condor no Brasil e foi recebido por grandes nomes da época que hoje são homenageados em ruas, escolas e memórias da cidade, como Ricieri Primo, Rodrigo Holtz, Humberto Primo, Antônio Rosa Santos, Manoel dos Santos Freire e Prof. Roque Vieira Dias.

Alguns anos se passaram e muita coisa começou a mudar. O Estado de São Paulo estava investindo em infraestrutura rodoviária por meio da construção da rodovia Castello Branco e precisava transportar seus funcionários com mais mobilidade. Então, a empreiteira responsável resolveu construir um campo de pouso e decolagens. O terreno do local foi cedido pela Sra. Desdêmona Primo Pinezi, onde hoje se localiza o Centro Nacional de Paraquedismo (CNP).

1º Salto de Paraquedismo

Já em 1971, Newton Raul Faria de Almeida, a fim de arrecadar dinheiro para uma corporação, resolveu promover uma apresentação de paraquedismo. Contudo, apresentações aeronáuticas não podem ser feitas com fins lucrativos. Então Zeliza Franco de Melo confeccionou flores de pano e no dia da apresentação cada espectador que oferecia sua contribuição recebia uma flor em troca. O show atraiu o público: o avião decolou de americana e fez três lançamentos sobre um alvo improvisado. Foram 3 paraquedistas que saltaram em Boituva, são eles: Bié, Salti e Ademir.

No mesmo ano, em outubro, foi outorgado uma procuração pública para que Newton Faria recebesse uma “doação, comodato ou empréstimo de uma área” para a implantação do Centro Nacional de Paraquedismo. Logo em seguida, em dezembro do mesmo ano, é realizado o primeiro salto de boituvenses que foi instruído pelo Clube de Boituva. Já alguns anos mais tarde, em 1975, a UBP (União Brasileira de Paraquedismo) tornou-se a CBPq - Confederação Brasileira de Paraquedismo.

Primeiro salto de paraquedas realizado em Boituva, ao fundo da imagem pode se notar a multidão. Estão presentes na foto: Décio F. Almeida, Bié, Tancredo Primo, Eurico Ferriello, Salt, Lelo, Ademir e Roberto Faria de Almeida – Foto/reprodução: amigospqd.com.br/Diversos/cnp-boituva2.html

O Centro de Paraquedismo está localizado na Rua Doutor Newton Raul Faria de Almeida e possui cerca de 81 mil metros quadrados de área de pouso. Atualmente, são realizados cerca de 5 mil saltos por mês, entre profissionais e turísticos.

As opções são diversas, além de 15 escolas para curso de paraquedista, o espaço conta com praça de alimentação e saltos duplos.

O Paraquedismo funciona de segunda a quinta-feira das 9h às 18h e de sexta a domingo das 7h às 18h. Mais informações podem ser solicitadas por meio do whatsapp (15) 99790-3970.